Você bebe água suficiente? Pesquisadores mostram como isso influencia o estresse

A relação entre desidratação e estresse pode ser mais profunda do que se imagina.

Um estudo publicado no Journal of Applied Physiology mostrou que beber pouca água no dia a dia não só prejudica a saúde física, como também pode intensificar a forma como o corpo reage a situações de pressão psicológica.

Quando a falta de água potencializa o estresse

O corpo humano precisa de água para manter seu equilíbrio.

Quando não recebe a quantidade suficiente, entra em um estado chamado hidratação subótima, que é uma forma leve de desidratação, bastante comum em quem bebe pouco líquido.

No estudo, jovens adultos que consumiam menos líquidos apresentaram urina mais escura e concentrada, um sinal clássico desse estado.

Durante um teste de estresse, esses participantes tiveram um aumento significativo de cortisol (o hormônio do estresse) em comparação aos que bebiam mais água.

Isso significa que a desidratação e estresse estão interligados: a baixa ingestão de líquidos deixa o organismo mais vulnerável e faz com que a reação ao estresse seja mais intensa.

Com o tempo, esse padrão pode contribuir para problemas de saúde física e mental.

O papel do cortisol no corpo

O cortisol é essencial para a sobrevivência. Ele ajuda a lidar com situações de ameaça, aumenta a frequência cardíaca e mobiliza energia.

Mas quando sua liberação é exagerada ou frequente demais, pode se tornar prejudicial.

Níveis elevados de cortisol estão associados a maior risco de doenças cardiovasculares, alterações metabólicas, queda da imunidade e até transtornos de humor.

Manter a hidratação adequada pode, portanto, ser uma estratégia simples para evitar que o corpo exagere na produção desse hormônio.

Quanto de água o corpo precisa por dia

As recomendações variam conforme idade, peso, sexo e nível de atividade física.

Em geral, homens precisam de cerca de 2,5 litros de líquidos por dia e mulheres de aproximadamente 2 litros — valores que incluem não apenas água, mas também sucos naturais, chás e a água presente nos alimentos.

No estudo, quem bebia em média pouco mais de 1 litro por dia apresentou resposta mais intensa ao estresse.

Já os que consumiam cerca de 4 litros diários mostraram uma reação mais equilibrada.

Sinais de que você pode estar desidratado

  • Urina escura ou em pequena quantidade;
  • Boca seca e sede frequente;
  • Cansaço fora do normal;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Pele e lábios ressecados.

Ignorar esses sinais pode facilitar a conexão entre desidratação e estresse, já que o corpo passa a funcionar sob pressão extra.

Um cuidado simples que faz diferença

Os autores do estudo reforçam que beber água regularmente ao longo do dia é um hábito simples, barato e cheio de benefícios.

Além de ajudar na digestão, na regulação da temperatura e no bom funcionamento dos rins, a hidratação adequada pode tornar o organismo mais resiliente diante do estresse.

Em outras palavras, ter sempre uma garrafinha por perto pode ser uma estratégia poderosa não apenas para a saúde física, mas também para o equilíbrio emocional.

Afinal, se a ciência mostra que desidratação e estresse caminham juntos, a prevenção pode estar a apenas alguns goles de distância.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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