Chega às farmácias a caneta emagrecedora feita no Brasil

​​A primeira caneta emagrecedora produzida no Brasil já está disponível em grandes redes de farmácias do Sul e Sudeste do país. A novidade marca uma mudança importante no mercado de medicamentos para obesidade e diabetes tipo 2.

É fruto de um investimento bilionário da farmacêutica nacional EMS, que acaba de lançar duas opções injetáveis com o princípio ativo liraglutida: o Olire, voltado ao tratamento da obesidade, e o Lirux, indicado para o controle do diabetes.

Ambos os medicamentos são vendidos exclusivamente com receita médica retida e exigem acompanhamento profissional para que a dosagem seja ajustada de acordo com a resposta do paciente.

Isso porque, apesar da popularidade crescente das chamadas canetas emagrecedoras, trata-se de um tratamento sério, com indicações clínicas específicas e riscos que precisam ser cuidadosamente monitorados.

Medicamento similar, não genérico: o que isso significa?

Diferente dos medicamentos genéricos (que possuem o mesmo princípio ativo, dosagem e forma farmacêutica do produto de referência) os novos lançamentos da EMS são medicamentos similares.

Isso significa que eles têm o mesmo princípio ativo e eficácia comprovada, mas apresentam nome comercial próprio, embalagem diferente e não são cópias exatas dos produtos importados.

No caso, o Olire e o Lirux utilizam o mesmo princípio ativo da Saxenda e do Victoza, ambos da dinamarquesa Novo Nordisk, mas com identidade visual e técnica de produção nacional.

A Anvisa já aprovou os novos produtos, garantindo sua segurança e eficácia.

Como funcionam essa caneta emagrecedora

As duas novas canetas emagrecedoras brasileiras funcionam com base na ação do hormônio GLP-1, que é naturalmente produzido no intestino após as refeições.

Esse hormônio atua no cérebro aumentando a sensação de saciedade, o que ajuda a reduzir o apetite.

Além disso, ele regula os níveis de insulina no sangue, auxiliando no controle da glicemia, algo fundamental para pacientes com diabetes tipo 2.

A aplicação é feita por meio de injeções diárias, administradas na coxa, no abdômen ou na parte superior do braço.

A dose do Olire pode chegar a até 3 mg por dia, sendo indicado para adolescentes a partir de 12 anos com obesidade e condições associadas, como colesterol alto.

Já o Lirux, com dose máxima de 1,8 mg por dia, é indicado a partir dos 10 anos para tratamento de diabetes tipo 2.

Preços e disponibilidade inicial

As canetas emagrecedoras brasileiras já estão disponíveis nas farmácias Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco.

Os preços variam conforme a quantidade de canetas por embalagem:

  • Olire com 1 caneta: a partir de R$ 307,26;
  • Lirux com 2 canetas: a partir de R$ 507,07;
  • Olire com 3 canetas: a partir de R$ 760,61

Inicialmente, serão distribuídas 100 mil unidades do Olire e 50 mil do Lirux, com planos de expansão gradual para outras regiões.

A expectativa da EMS é de que até 500 mil canetas estejam no varejo até agosto de 2026.

Tecnologia nacional e produção mais eficiente

A EMS está apostando em uma tecnologia diferente para fabricar suas canetas emagrecedoras no Brasil.

Enquanto as versões importadas, como Saxenda e Victoza, usam bactérias modificadas em laboratório para “fabricar” a substância ativa, a farmacêutica brasileira optou por um processo mais moderno e direto: a síntese química de peptídeos.

Na prática, isso significa que, em vez de depender de micro-organismos vivos para produzir o medicamento, os cientistas conseguem montar artificialmente a mesma substância em laboratório.

Segundo a EMS, essa técnica moderna permite obter um produto com maior pureza e torna a produção mais rápida e com menor custo, quando comparada ao método usado por medicamentos importados.

E a versão com aplicação semanal?

A EMS também tem planos de lançar uma caneta com semaglutida, o princípio ativo presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, que conquistaram notoriedade internacional por permitir aplicações semanais; uma alternativa mais prática para muitos pacientes.

No entanto, essa versão nacional só deve chegar ao mercado a partir do segundo semestre de 2026, quando expira a patente do princípio ativo no Brasil.
Com o fim da exclusividade da Novo Nordisk, será possível incluir a medicação até mesmo no SUS.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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